Um apelo pela insanidade.

Gosto dos loucos, aqueles com jeito meio acabado, seguindo uma vida meio boêmia que me remete aos anos de juventude dos meus pais e dos meus ídolos.
Eu queria mais Chicos e mais Caetanos e mais Noeis; os homens de hoje cansam, as atitudes me enojam - tão programadas e comuns.
Nada de terno, gravata e whisky; nem roupinha descolada, atitude rockstar e caipirinha. Eu gosto é de chinelo havaianas e uma boa breja num boteco de esquina - assim, bem tranquilo.
Quero mais homens que vivam sua liberdade, por favor. Homem que sabe o que quer, homem que sabe o que é.
Uma loucura nunca é demais.

Sobre gritos abafados.

Sempre anoto coisas numa folha de papel e guardo dentro de livros - geralmente escrevo sobre como eu estou me sentindo ou sobre como alguma memória trazida pelo livro em questão está me afetando.
As folhas de papel dentro do livros são meus gritos contidos.

Clichê.

Você já percebeu que, apesar de únicos, somos todos meros clichês perambulando por aí?
É curioso como meus desejos, a medida que fui crescendo, foram se inclinando para o senso comum: fazer uma faculdade, ter um trabalho, encontrar alguém e construir uma família - onde eu sei que cada humanozinho seguirá o mesmo rumo over and over again.